Mulher realiza sonho e conclui ensino fundamental aos 83 anos em Mesquita


O sonho de uma vida inteira foi concluído por Maria Silva Feliciano. Aos 83 anos, ela terminou o ensino fundamental na Educação de Jovens e Adultos de Mesquita. Maria retomou as aulas aos 76 anos, depois de tentativas frustradas ao longo de uma vida marcada por muito trabalho – em casa e na rotina profissional.

“Tive dez filhos, me dividi entre eles e as outras obrigações. Queria, mas não era fácil arrumar tempo para me dedicar às aulas. Só agora, finalmente, aconteceu”, conta, orgulhosa, a aluna homenageada pelos colegas e profissionais da Escola Municipal Che Guevara, na Chatuba.

Na plateia da cerimônia de formatura, a família de Maria era a mais numerosa. “Se somarmos, começando pela minha mãe e indo para todos os descendentes, somos mais de 100! Ela já tem tataranetos”, diz Paulo Roberto, de 41 anos, o caçula da formanda. Segundo ele, a conclusão do ensino fundamental não era um sonho apenas da mãe. “Nós sempre apoiamos. Imagina, naquela época, como era para uma mulher como ela. Acho que a EJA foi a melhor coisa que inventaram”, valoriza.


Motivação
Encontrar alunos da terceira idade nas turmas de EJA não chega a ser raro, de acordo com Haroldo Dias Cerqueira, diretor da escola. Porém, a maior parte deles desiste antes de conseguir terminar os estudos. “A maior dificuldade, pelo que percebemos, não chega a ser tempo. O grande problema é que muitos se desmotivam, achando que não conseguem acompanhar a turma. Tentamos estimular, mas a evasão na faixa etária acima de 60 anos é enorme”, lamenta Haroldo. Maria, no entanto, se manteve firme no propósito. Apesar de reconhecer que teve suas dificuldades. “Eu gostava de todas as matérias. Mas a matemática, em vários momentos, me assustou”, entrega ela, que completará 84 anos no próximo dia 3, é viúva e mora na Chatuba há mais de seis décadas. 
Agora, o desejo é seguir na trajetória escolar. Tanto que Maria já pensa em se matricular para concluir o ensino médio, agora na rede estadual. “Ainda preciso ver como vai ser. Vou analisar qual a unidade mais perto de casa para me matricular”, avisa.




O sonho de uma vida inteira foi concluído por Maria Silva Feliciano. Aos 83 anos, ela terminou o ensino fundamental na Educação de Jovens e Adultos de Mesquita. Maria retomou as aulas aos 76 anos, depois de tentativas frustradas ao longo de uma vida marcada por muito trabalho – em casa e na rotina profissional.

“Tive dez filhos, me dividi entre eles e as outras obrigações. Queria, mas não era fácil arrumar tempo para me dedicar às aulas. Só agora, finalmente, aconteceu”, conta, orgulhosa, a aluna homenageada pelos colegas e profissionais da Escola Municipal Che Guevara, na Chatuba.

Na plateia da cerimônia de formatura, a família de Maria era a mais numerosa. “Se somarmos, começando pela minha mãe e indo para todos os descendentes, somos mais de 100! Ela já tem tataranetos”, diz Paulo Roberto, de 41 anos, o caçula da formanda. Segundo ele, a conclusão do ensino fundamental não era um sonho apenas da mãe. “Nós sempre apoiamos. Imagina, naquela época, como era para uma mulher como ela. Acho que a EJA foi a melhor coisa que inventaram”, valoriza.


Motivação
Encontrar alunos da terceira idade nas turmas de EJA não chega a ser raro, de acordo com Haroldo Dias Cerqueira, diretor da escola. Porém, a maior parte deles desiste antes de conseguir terminar os estudos. “A maior dificuldade, pelo que percebemos, não chega a ser tempo. O grande problema é que muitos se desmotivam, achando que não conseguem acompanhar a turma. Tentamos estimular, mas a evasão na faixa etária acima de 60 anos é enorme”, lamenta Haroldo. Maria, no entanto, se manteve firme no propósito. Apesar de reconhecer que teve suas dificuldades. “Eu gostava de todas as matérias. Mas a matemática, em vários momentos, me assustou”, entrega ela, que completará 84 anos no próximo dia 3, é viúva e mora na Chatuba há mais de seis décadas. 
Agora, o desejo é seguir na trajetória escolar. Tanto que Maria já pensa em se matricular para concluir o ensino médio, agora na rede estadual. “Ainda preciso ver como vai ser. Vou analisar qual a unidade mais perto de casa para me matricular”, avisa.




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