Todos os alunos da Unifavela são aprovados em universidades públicas


Todos os alunos da Unifavela são aprovados em universidades públicas...
Em 2018, dez alunos se reuniram na laje de uma casa na Favela Nova Holanda, dentro do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, para juntos estudarem e se prepararem para o vestibular. Assim nasceu a UniFavela, a partir de uma iniciativa de Arley Sena do Nascimento que, quando entrou para o curso de Química Industrial da UFRJ, decidiu retribuir a ajuda que havia tido em sua aprovação, ajudando novos alunos. Passado um ano, o trabalho de Arley – que se juntou ao amigo Laerte Breno, estudante de Letras para formar a UniFavela – finalmente colhe os melhores frutos possíveis, e o sentido efetivamente revolucionário da educação se comprova na prática.
Dos 10 alunos preparados no cursinho pré-vestibular, todos – sim, todos – foram aprovados em universidades públicas. Partindo dos estudos em um quadro sobre tijolos, a UniFavela alcançou 100% de aproveitamento, em um resultado superior aos melhores e mais caros cursos pré-vestibular do Brasil. As aprovações vieram de algumas das melhores universidades públicas do Rio de Janeiro: “Nos reunimos para fazer um balanço e foi aí que nos demos conta de que dos dez alunos que frequentavam regularmente a laje, todos haviam conseguido vaga na Uerj, na UFRJ ou na UNIRIO”, contou Letícia da Paz Maia, que aos 21 anos é professora voluntária de História na UniFavela, assim como uma das coordenadoras do projeto.

No início, as aulas eram totalmente improvisadas, através inclusive da realização de vaquinhas para cobrir gastos com, por exemplo, xerox. O sucesso do projeto levou a UniFavela para uma sala de aula tradicional, dentro da ONG Vida Real, na própria comunidade. Hoje a iniciativa conta com 21 professores, uma pedagoga e dois ex-alunos ajudando na gestão – tudo funcionando com trabalho voluntário, em sua maioria a partir de jovens cotistas oriundos da própria comunidade, que permitem que o projeto funcione de segunda à sexta, para as aulas de uma segunda turma. Aos sábados, simulados, aulões, debates, oficinas e cineclubes são oferecidos.
As dificuldades, no entanto, não desapareceram completamente na UniFavela: as constantes e violentas operações policiais atrapalham o funcionamento do curso, e recentemente um professor não pôde dar aula por não ter dinheiro para a passagem de ônibus. E se os obstáculos seguem, também segue o espírito comunitário, inclusive através da vaquinha, que permanece no ar, a fim de permitir que o próprio projeto siga funcionando – e trazendo resultados. Como perfeitamente traduz o post da professora Letícia Maia, “Educação popular é resistência”.




Todos os alunos da Unifavela são aprovados em universidades públicas...
Em 2018, dez alunos se reuniram na laje de uma casa na Favela Nova Holanda, dentro do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, para juntos estudarem e se prepararem para o vestibular. Assim nasceu a UniFavela, a partir de uma iniciativa de Arley Sena do Nascimento que, quando entrou para o curso de Química Industrial da UFRJ, decidiu retribuir a ajuda que havia tido em sua aprovação, ajudando novos alunos. Passado um ano, o trabalho de Arley – que se juntou ao amigo Laerte Breno, estudante de Letras para formar a UniFavela – finalmente colhe os melhores frutos possíveis, e o sentido efetivamente revolucionário da educação se comprova na prática.
Dos 10 alunos preparados no cursinho pré-vestibular, todos – sim, todos – foram aprovados em universidades públicas. Partindo dos estudos em um quadro sobre tijolos, a UniFavela alcançou 100% de aproveitamento, em um resultado superior aos melhores e mais caros cursos pré-vestibular do Brasil. As aprovações vieram de algumas das melhores universidades públicas do Rio de Janeiro: “Nos reunimos para fazer um balanço e foi aí que nos demos conta de que dos dez alunos que frequentavam regularmente a laje, todos haviam conseguido vaga na Uerj, na UFRJ ou na UNIRIO”, contou Letícia da Paz Maia, que aos 21 anos é professora voluntária de História na UniFavela, assim como uma das coordenadoras do projeto.

No início, as aulas eram totalmente improvisadas, através inclusive da realização de vaquinhas para cobrir gastos com, por exemplo, xerox. O sucesso do projeto levou a UniFavela para uma sala de aula tradicional, dentro da ONG Vida Real, na própria comunidade. Hoje a iniciativa conta com 21 professores, uma pedagoga e dois ex-alunos ajudando na gestão – tudo funcionando com trabalho voluntário, em sua maioria a partir de jovens cotistas oriundos da própria comunidade, que permitem que o projeto funcione de segunda à sexta, para as aulas de uma segunda turma. Aos sábados, simulados, aulões, debates, oficinas e cineclubes são oferecidos.
As dificuldades, no entanto, não desapareceram completamente na UniFavela: as constantes e violentas operações policiais atrapalham o funcionamento do curso, e recentemente um professor não pôde dar aula por não ter dinheiro para a passagem de ônibus. E se os obstáculos seguem, também segue o espírito comunitário, inclusive através da vaquinha, que permanece no ar, a fim de permitir que o próprio projeto siga funcionando – e trazendo resultados. Como perfeitamente traduz o post da professora Letícia Maia, “Educação popular é resistência”.




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